sábado, 31 de dezembro de 2011

Tempo


O tempo em seu constante caminhar dos ponteiros do relógio
nos traz angústias, medo e dor.
Uma realidade objetiva que constatamos no cotidiano
ou simplesmente pelas insistentes rugas que aparecem.


Hoje o belo é o efêmero.
O prazer a qualquer custo sobrepõe-se,
as sérias questões humanas são deixadas de lado 
pelo grande e poderoso imediatismo.


Retiro-me em busca de um tempo mais agradável
algo que pulse no mesmo compasso de meu ser
longe dos grandes centros de consumo, retiro-me.


Uma semana exclusivamente minha é o que preciso
para que o pulsar de meu corpo entre em compasso com o pulsar do tempo; tempo... tempo... tempo...


                                                                                                                                André

domingo, 25 de dezembro de 2011



Essência

Aparente cegueira 
Escuridão mórbida e soturna
Derradeiro dia, finda o reluzir da alma
Quase me acalma

Solto, louco, perdido no mundo
Ao mesmo tempo acorrentado ao passado,
Será uma escolha inevitável?
Ou simplesmente imponderável?

Já não sinto meus pés tocarem o chão.
Flutuo entre móveis empoeirados, 
esquecidos pelo tempo em um grande quarto escuro.

Em meio a devaneios turvos 
iludo-me e rezo, peço e imploro
libertai-me das amarras de teu ser.
                                                                                  André

sábado, 3 de dezembro de 2011



Um breve desabafo!


Nada será como antes
A dinâmica das coisas adquire novas proporções
O insuportável barulho dos ponteiros do relógio não param
Só seguem em uma mesma direção


Morremos a cada segundo
Vivemos a cada segundo
E de que vale a vida e suas grandes piadas
O "tudo" hoje, amanhã é "nada"


Cruel sucessão de horas frias e nefastas
Cruel desespero e mágoa
Crua, nua e desaforada vida


Ao enxergarmos o mundo com os óculos adequados
Percebemos que vivemos atolados
Numa eterna prisão de mentiras, dor e lágrimas.


                                                                 André